A Nigéria, uma das maiores economias da África, tornou-se parceira do BRICS, coincidindo com o anúncio dos Estados Unidos de fortes relações com este país. O novo status da Nigéria no BRICS e sua parceria com os EUA criam tensão, já que as alianças têm visões diferentes sobre criptomoedas e domínio do dólar.
Em 23 de outubro de 2024, a Embaixada dos EUA na Nigéria anunciou um acordo bilateral para combater o crime cibernético, incluindo ações ilegais com criptomoedas. Ambos os países aderem a regras rígidas para prevenir a lavagem de dinheiro, o que levou à prisão e julgamento do ex-CEO da Binance, Changpeng Zhao.
A Nigéria ocupa o segundo lugar global na adoção de criptomoedas, já que as criptomoedas servem como uma alternativa ao escasso dólar americano. De acordo com a Chainalysis, de junho de 2023 a junho de 2024, a Nigéria recebeu mais de US$ 59 bilhões em criptomoedas, mas regulamentações rígidas limitam essa possibilidade.
A parceria com o BRICS sugere o apoio da Nigéria à independência econômica do Ocidente, o que contradiz os interesses dos EUA. O BRICS promove blockchain para acordos internacionais, e vários países da aliança já usam criptomoedas para contornar sanções.